Lembra daquele tempo em que eu era o seu refugio? Lembra? Eu lembro, como se fosse semana passada. Eu morro da falta que você me faz. O tempo passou, e é engraçado que tudo que prometemos um ao outro de nunca nos deixarmos para trás foi em vão, o vento soprou e nos levou para bem distante.   

 Só ficou aqui um pedaço das boas lembranças, dos sorrisos sinceros, e das conversas jogadas fora.

Sabe, não era para ser. Aquelas nossas idéias de nos formamos em um só, morar em um só, viver em um só, e morrer um só.  Nunca fomos um só, sempre houve uma parte sua que não queria aquilo, e no final, olha só essa pequena parte nos venceu. Esse seu orgulho, e seu tremendo medo de me amar. Hoje não somos mais um do outro. Hoje você é só sua, e eu, sou de todas que me quiserem, tento tapar o meu imenso buraco no peito com remendos de outras pessoas que acho no caminho, mas nada é o suficiente, nada é o bastante pra suprir você.  

Esperto é quem percebe que nada é um para sempre, e não se apega de mais. Tenho e tive muitas ilusões em minha vida, mas a maior de todas foi achar que você seria para sempre em minha vida, olha como eu me enganei, o seu para sempre durou menos de uma semana, enquanto o meu irá durar a vida toda.

Juliana Sthella